December 06, 2017
Elixir Vibracional de Aveleira (Corylus Avellana) - Sabedoria
Uma única gota de orvalho...
Wakening
from the dreaming forest there, the hazel-sprig
sang under
my tongue, its drifting fragrance
climbed up
through my conscious mind
as if
suddenly the roots I had left behind
cried out
to me, the land I had lost with my childhood -
and I
stopped, wounded by the wandering scent.
Pablo Neruda
Esta árvore está cheia de magia e as
lendas contam que apenas herbalistas e magos se aventuravam através dos bosques
húmidos das aveleiras pois estavam povoados de fadas, duendes e outros
espíritos da Natureza. Era tão respeitada pelos celtas que os druidas andavam
com bastões de avelaneira para os usarem como “paus falantes”, e os poetas os
utilizavam como suportes de encantação e inspiração. Uma lenda irlandesa conta
como 9 avelaneiras cresciam em redor de uma fonte onde nadavam salmões -animal
que regressa regularmente ao local dos seus ancestrais-, que comiam dos seus
frutos e se tornaram por isso o animal mais sábio.
A madeira de aveleira possui grandes
propriedades electromagnéticas e essa capacidade condutora é ainda hoje
aproveitada pela radiestesia na pesquisa de veios de água e de outros tesouros.
Dizia-se que permitia encontrar o que estava escondido, especialmente a
sabedoria da ciência sagrada – de que os celtas diziam ser a avelã o receptáculo-, tornando os homens omniscientes. Num ano de excepcional
abundância em avelãs como o de 2017, parece que elas nos querem relembrar da
necessidade de ganharmos sabedoria enquanto espécie humana, até porque é do
conhecimento geral que comer avelãs potencia a função cerebral!
Este elixir foi sintonizado na Galiza
durante a Lua cheia em gémeos de Dezembro 2017, logo após a meditação alquímica
de Saturno- primeiro sábado de Dezembro-, e dias depois da minha filha de 4
anos me olhar nos olhos e dizer muito séria “Sabes mãe…eu fui beijada
pelas fadas aqui neste local!”. No dia exactamente anterior, ao caminharmos as duas pelo
bosque de castanheiros, fomos presenteadas com duas corças imóveis observando-nos,
animais que na mitologia celta são as guardiãs do limiar do mundo das fadas.
December 02, 2017
Elixir Vibracional de Jaguar- Empowerment
Drifting in
and out of shadows like a vaporous mist of focused intensity, your emerald eyes
penetrating the darkness of the tangled jungle of the human mind. Vigilant
observer for He who came from the stars, do you still prowl the dusty corridors
of our fears? Remind us that the greatest victory comes from rising above the
chains of our hate and greed, to stand free in love. And in that moment, your graceful
form by our side, we may know the joy of the reunion, the changing of the tide,
when the Ancestors return from the stars . . .
“Oração ao Jaguar” (autor desconhecido)
Na América Central e do Sul o jaguar é o
grande representante felino e, como todos os gatos, mostra-nos a sua agilidade
cautelosa e a sua capacidade de rápida transformação. Esta última está bem
marcada no recolher e exibir das garras, na mudança de indolência para
ferocidade, na dilatação das pupilas e na visão binocular que confere a todos
os gatos uma grande habilidade de julgar distâncias com uma percepção
extremamente apurada; penetrando (a outros
níveis), a escuridão cósmica com esses olhos “que tudo vêm”.
Em várias culturas desta zona de
florestas (ainda) profundas, o jaguar foi associado à realeza, ao domínio da
lua e do sol, ao equilíbrio da esquerda com a direita e às forças dos xamãs. Eram-lhe
atribuídos poderes sobrenaturais devido à sua indiscutível força e poder, que
residia em parte na habilidade de se manter oculto e em caminhar tranquilamente
entre o mundo superior e o inferior, estando tão confortável na água como nas
árvores, no dia como na noite.
Há
milénios que xamãs de diferentes culturas praticam a transformação em animais –
teriantropia a que no México se chama de “Nagualismo”-, e esta imagem olmeca, uma
das muitas imagens de híbridos na arte mesoamericana, parece representar um
xamã em pleno processo entre o felino e o humano.
Uma foto de 2007 com Cristian, um menino da
aldeia maia onde vivi,
e que mostra incríveis semelhanças com a escultura pré-colombiana acima.
Na mitologia maia, conta-se que foi Deus
Céu quem trouxe aos homens o princípio universal da Integridade e os instruiu
para se conduzirem nas suas vidas por um código de conduta que seguisse os
princípios da impecabilidade; devendo entreajudar-se e viver em harmonia com o
planeta e todas as suas formas de vida. Disse-lhes também que um dia
regressaria das estrelas mas que deixaria com eles o seu espírito animal, o
jaguar, para os vigiar e o informar da sua conduta.
Com o tempo, aqueles que haviam
deturpado os ensinamentos que lhes haviam sido concedidos e cujos corações se
haviam enegrecido, devido à vontade de poder e à falta de reverência pela vida,
começaram a ser perseguidos em sonhos pelo nagual do deus. Este repunha a
justiça ao devorar as condutas inaceitáveis, os abusos de poder e de autoridade
que ainda hoje -na política, na justiça, na economia, na educação como na
medicina-, são tão actuais.
No auge dos cultos lunares em terras
maias, o jaguar representa também a deusa lua-terra, Ixchel, da fertilidade e da medicina -venerada por parteiras e
curandeiras. Neste desenho que realizei a partir de uma pintura mural, ele surge transportando búzios e nenúfares,
reflectindo a sua relação com a água mas também com a bebida sagrada dos deuses
maias, o Balché
(ver informação do Elixir de Nenúfar)
Na zona maia mexicana onde vivi, o meu professor de cerâmica contava que por vezes os jaguares eram vistos de madrugada a rondar as
casas da aldeia, não sendo inusual animais domésticos serem atacados, tal como
sucedeu com as galinhas de uma amiga e o cão de outra, “perdidos para um balam”- seu nome maia. Eu mesma cheguei
a escutá-los uma certa noite no meio da vasta selva subtropical do Caribe. No entanto, a minha relação com os jaguares ultrapassa a de possíveis
contactos exteriores, sendo que foi em momentos cruciais que, por mais de uma
vez, senti que tinha um espírito de um jaguar a acompanhar-me- uma presença
muito clara e real que mostrava o meu próprio estado interno-, chegando outras
vezes a sentir que era o próprio animal, observando através dos seus olhos e
movendo-me através dos seus músculos.
A selva subtropical que observo a partir da pirâmide Nohoch Mul em Cobá,
bem próximo da aldeia do meu mestre ceramista, sentada num Chac Mool(2008)
Em 2007, depois de um dos retornos do
México, encontro-me salpicada das marcas típicas do Sarampo, doença para a qual
tinha sido vacinada e que ainda assim o meu organismo aceitou deixar entrar por
várias razoes bem conscientes. Nessa viagem alguém me tinha dito num tom sério:
“cuidado para não apanhares uma doença de jaguar”. Não entendi o que quisera
dizer na altura, mas quando já estava de “quarentena”, tive
tempo para pensar no que significaria, agora que possuía as “manchas solares” daquele
felino na minha própria pele. Senti sobretudo que se tratava de uma iniciação de crescimento: um organismo
que tinha passado (embora tardiamente), pelos “ataques” habituais que as crianças
passam naturalmente, criando finalmente a sua própria imunidade e ficando deste
modo preparada para a idade adulta.
A propósito do “surto” de Sarampo que, no
início do ano que agora termina, teve lugar em Portugal… algo que me fez não só
PENSAR mas também PESQUISAR para, enquanto mãe, cidadã e ser humano curioso,
poder assentar as minhas convicções em factos sólidos e não apenas em
informação veiculada pelos meios de comunicação ou por grupos específicos – que
se revelou ser manipulada. O poder pessoal que o jaguar representa é também
revelado na capacidade de sermos responsáveis pela defesa do nosso ser a todos
os níveis, inclusive fisicamente, fazendo escolhas assertivas e conscientes. Continuemos
a delegar essa responsabilidade à medicina, tal como hoje ela é praticada, e
caminharemos para um total desempoderamento. A responsabilidade pelas nossas
acções, escolhas e decisões, compete a cada um de nós pessoalmente e não
deveria estar subjugada a nenhuma autoridade quando os factos mostram que essa
mesma autoridade não procura o bem comum. É nestas alturas que me pergunto
ainda mais, se finalmente chegou o momento para resgatarmos o nosso poder
pessoal…?
E, para concluir estes pensamentos, foi
assim que, num domingo (dia de sol), em lua nova, após uma oferenda de cacau na
nossa roda da medicina, tendo presente uma garra de jaguar que me havia sido
oferecida no México, comecei por tocar o tambor para invocar este animal… e
imediatamente vi os seus passos na minha frente. O elixir vibracional que resultou partilha o lado mercuriano do Tomilho (ver a informação deste), ajuda-nos a utilizar o poder judiciosamente, a caminhar com rectidão, a viver com integridade o nosso potencial
humano e, em momentos de caos e de crise que parecem insuperáveis -os grandes
renovadores do espírito-, este elixir ajuda a adaptarmo-nos às mudanças e a
renovar continuamente as condições e a realidade da nossa existência. Porque, como disse Carlos Castaneda:
“To achieve the mood of a warrior is
not a simple matter: it is a revolution!"
A nível físico, com este elixir eu mesma experimentei
maior alerta e os sentidos físicos potenciados.
When the earth is ravaged and
the animals are dying, a new tribe of people shall come unto the earth from
many colours, classes, creeds and who by their actions and deeds shall make the
earth green again. They will be known as the "WARRIORS OF THE RAINBOW
Profecia "Nican Tlaca"
Testemunho:
“Assim que tomei o elixir senti uma pressão no frontal e ao mesmo tempo os pés bem enraizados, algo que se manteve sempre que o tomava. Inicialmente realizou uma limpeza que passou por todos os níveis do meu ser, colocando a nu as minhas fragilidades e conduzindo a perdão, aceitação e libertação. Nasceu uma maior consciência do meu corpo, com uma maior robustez física, deixei de ter dores de cabeça, senti uma vontade de me focar mais em mim, fiquei menos stressado, comecei a fazer exercício e até o tabaco começou a saber-me mal! A qualidade do sono aumentou enormemente (dormia 4h e passei a dormir 8h!), os meus sonhos começaram a ser lúcidos, senti uma maior auto-aceitação, passei a estar mais presente no Aqui e no Agora. Foi como uma névoa que se dissipou e me tornou “à prova de bala”, mais optimista, com maior facilidade de sair da minha zona de conforto, menos mental e mais livre.” (Hélio-Terapeuta)
“Assim que tomei o elixir senti uma pressão no frontal e ao mesmo tempo os pés bem enraizados, algo que se manteve sempre que o tomava. Inicialmente realizou uma limpeza que passou por todos os níveis do meu ser, colocando a nu as minhas fragilidades e conduzindo a perdão, aceitação e libertação. Nasceu uma maior consciência do meu corpo, com uma maior robustez física, deixei de ter dores de cabeça, senti uma vontade de me focar mais em mim, fiquei menos stressado, comecei a fazer exercício e até o tabaco começou a saber-me mal! A qualidade do sono aumentou enormemente (dormia 4h e passei a dormir 8h!), os meus sonhos começaram a ser lúcidos, senti uma maior auto-aceitação, passei a estar mais presente no Aqui e no Agora. Foi como uma névoa que se dissipou e me tornou “à prova de bala”, mais optimista, com maior facilidade de sair da minha zona de conforto, menos mental e mais livre.” (Hélio-Terapeuta)
©Sofia Ferreira
November 23, 2017
Elixir Vibracional de Amanita Muscaria- Limpeza da Percepção
Num dos Outonos mais secos sentidos na
Península Ibérica regressamos à aldeia da Galiza onde já passámos outras
temporadas e onde vários elixires nasceram. O ribeiro, apesar de reduzido a
metade, mantem-se serpenteando entre o manto de folhas que ainda caiem neste
avançado Novembro. Reencontro as Bétulas e os Castanheiros que mais parecem
casas e, num recanto do vale que praticamente não recebe sol directo, foi nas
raízes destas árvores que agora encontro os meus primeiros Amanita Muscaria, com as suas pequenas verrugas de cor branca- remanescentes
do que em micologia se chama de “véu universal”, a membrana que envolve todo o
fungo quando é jovem.
Só quando voltei a casa me dei conta da
necessidade de realizar um elixir sem demora. No dia seguinte, às primeiras
horas frias de uma manhã de lua nova, a sintonização foi realizada utilizando água que havia trazido de Chalice Well
(Glastonbury). Os pássaros revoluteavam nos ramos acima de mim, surpresos com a
minha presença tão cedo, enquanto eu me aquecia num guardião de quatro patas que
me havia seguido silenciosamente, aguardando o que ia suceder.
Vejo então uma espécie de vapor
indefinido, ectoplasmático, a libertar-se, primeiro esbranquiçado e depois
verde translúcido, que começou a dirigir-se para a água que eu colocara.
Transformou-se então numa cúpula que abarcou todos os amanita e, nos limites que tocavam o chão, muitos pequenos seres
verde claro pareciam segurar a cúpula virados para o centro, e por isso de
costas para mim. Foi só quando um deles sai do círculo e, crescendo até dois
palmos de altura, se aproxima de mim, que pude observá-lo mais claramente. Possuía
a clássica cara e corpo alongados e verdes, orelhas compridas e olhos
amendoados escuros, que tanto podia descrever uma criatura de outro planeta
como um duende ou um goblin.
Revelou-se muito alegre e amistoso, surpreendendo-me
com tanta familiaridade, ao que, sem que eu formulasse a pergunta sequer, ele
respondeu: ”tu já pertences a este lugar”. Salientou logo a necessidade de não esquecer
que o elixir a ser sintonizado “não seria para todos”, sendo necessária uma
consulta prévia à sua utilização, pois “os véus que retira mostram o lado
sombra e processos mentais muito profundos e primordiais”. Diz isto enquanto
levanta uma ponta da imagem que vejo do cogumelo, como se fosse uma cortina,
para revelar imagens oníricas em fundo negro onde ainda consegui distinguir uma
cobra enrolada numa mão. Quando lhe perguntei, já em tom de despedida, se podia
levar aquele amanita para secar ele disse um (quase sonoro), “Não!” e
acrescentou ironicamente “Não confias no trabalho que fazes?!”. A conversa
ficou por ali…
Todos já escutámos as experiências de dimensões
cósmicas do Ser total que ocorrem com a utilização deste cogumelo. Houve quem o
associasse ao Soma, a bebida sagrada citada nos hinos dos mais antigos textos
religiosos (os vedas), sabendo-se que esta espécie de amanita existia e era consumido pelos xamãs da região. Um dos seus
nomes comuns- “Matamoscas”, provém do facto de paralisar temporariamente os
insectos que dele se aproximam, mas eventualmente também da crença medieval de
que as moscas podiam entrar na cabeça de uma pessoa e causar algum tipo de
doença mental. Uma história que inclui este amanita
é “As aventuras de Asterix e Obelix”, cheias de herança celta, em que o druida,
entre outras coisas, usava agárico na sua poção mágica dadora de força. Um dos
efeitos psicoactivos que pode provocar quando ingerido, além de energizar, é o
sentimento de estar crescendo, tendo sido registadas distorções de tamanho na
percepção de objectos durante a intoxicação pelo fungo. Acredita-se que essa
observação foi a base para os efeitos descritos na popular história de Alice no
País das Maravilhas.
Eu mesma não cheguei a experimentar
estes efeitos, mas quando ao terceiro dia de regressar ao local, e já os
encontrando pisados por animais e (parecendo até), mordidos, não resisto a
tirar uma foto com um na mão e a cheirá-lo de perto, fiquei (minutos depois), ligeiramente
nauseada, tonta e com alguma taquicardia… devia ter aproveitado para meditar e
ver que mais informações surgiam, mas estava tão empenhada noutras coisas que
nem dei atenção ao facto!
A nível vibracional este elixir possui
as mesmas características gerais dos cogumelos –ler a informação do “Elixir
Vibracional de Cogumelo (Mycena)”-, de purificar a percepção, fortificar a intuição
e ajudar a aceder a outras dimensões, sempre em conexão com a realidade, mas com
a especificidade de limpar também a informação tóxica de drogas psicotrópicas e
dos seus efeitos negativos. A sua força também provém da Lua.
Afirmação: “Purifico o meu
corpo, espírito e alma de todas as influências que obscurecem a minha percepção
e estou inundad@ de luz e energia”
Palavras-Chave: purificar a percepção
Centros
Energéticos: Frontal
Força
Planetária:Lua Nova
Local
de Sintonização: Galiza (Espanha)
Método: Geode de Calcedónia (a sintonização foi realizada
utilizando água que havia trazido de Chalice Well, Glastonbury).
Nota: Este elixir só deve ser utilizado
quando a pessoa está mental e fisicamente estável.
©Sofia Ferreira
November 19, 2017
Elixir Vibracional de Liquene- Transmutação
Xanthoria Parietina
Nature doth thus kindly heal every wound.
By the mediation of a thousand little mosses and fungi,
the most unsightly objects become radiant of beauty.
There seem to be two sides of this world, presented us at different times,
as we see things in growth or dissolution, in life or death.
And seen with the eye of the poet, as God sees them, all things are alive and beautiful.
Henry David Thoreau (journal)
Esta foi a primeira sintonização criada a pedido de um Ser que, após
trabalhar com 3 elixires YONAH, começou a ser visitado em sonhos por um índio que
lhe deu a indicação do líquen dizendo: “esta é a planta que dança dentro de
ti”. Foi preciso esperar mais de dois meses para que o momento certo para a
sintonização se manifestasse: num sábado (dia de Saturno), na primeira lua nova
do ano, a 8 graus de Aquário- com características libertadoras de velhas
feridas e do que precisa ser dissolvido-, e em ano novo chinês.
Ao anoitecer preparei a meditação com
um ramo de árvore cheio de belos líquenes de Usnea e de Xanthoria Parietina
e surgiram velhos amigos. Em volta do geode estava um círculo de pequenos
duendes com cara de trolls e cabelo
emaranhado como os líquenes, que havia muitos anos encontrara nas falésias de
uma praia especial em Sintra- lugar onde (volvidos 5 anos), me encontrava de
novo! Eles disseram “limpar tudo” o que se agarra à nossa pele… mas não consegui
que fossem mais específicos.
Embora não pareçam, os líquenes são seres vivos muito complexos e de
crescimento lento, que resultam de uma simbiose entre fungos e um parceiro
capaz de fazer fotossíntese, na maioria dos casos uma alga verde (cianobactéria).
São capazes de viver numa grande diversidade de substratos (rochas, madeira,
terra…), mostrando uma capacidade de contínuo ajustamento e de improviso. Têm
um papel primordial na Natureza pois são pioneiros em muitos ecossistemas
rochosos iniciando a degradação superficial das rochas, criando um substrato
que permite o estabelecimento de outras formas de vida. Como não têm raízes, os
líquenes absorvem toda a água e nutrientes directamente da atmosfera assim como
muitos poluentes, servindo deste modo como bioindicadores.
Alguns líquenes apresentam similitudes com certas doenças de pele e
linfomas, sendo que pela doutrina das assinaturas seriam indicados para esses
casos. A nível medicinal parecem possuir excelentes capacidades anti virais,
anti bacterianas e anti fúngicas.
Usnea
A nível vibracional, este elixir ajuda quando atravessamos mudanças importantes e profundas na nossa vida permitido aceitar clarificar e limpar padrões em vez de os ignorarmos por simples automatismo. Ajuda a entender a livre circulação da força de vida, respirando paz a todos os níveis. Também faz a conexão com a Luz e guia
no mundo astral, por exemplo para as almas que partem para outros planos e se
sentem perdidas ou presas no mundo terreno, assistindo, neste caso, na
separação do corpo físico e do etérico. Em
qualquer caso, o período de tempo entre um fim e um início, na pausa entre a
inspiração e a expiração, o sentimento de limbo e de perda de rumo é aliviado.
Em espagíria trata-se de uma mudança
de pele para quem, depois de sentir os rigores da existência, se prepara para
construir o seu novo destino após múltiplas preparações feitas de altos e
baixos. O Liquene oferece-se completamente aos que se colocam em caminho sem
voltar atrás: no fim das ambiguidades novas forças, a partir de uma solidão
sagrada e um forte reconhecimento de um novo motor existencial, entram em jogo.
Este elixir possui a
força de Saturno combinada com a da Lua.
©Sofia Ferreira
April 07, 2017
Elixir Vibracional de Borboleta Morpho Azul- Metamorfose
Quando vires a Blue Morpho oferece-lhe os teus sonhos,
para ela os levar ao Grande Espírito
"A Borboleta Azul"
As borboletas são profundamente simbólicas da nossa capacidade para crescer
e nos transformarmos. Em grego o seu nome é “Psyque”, que também significa
“alma”, “sopro”, “respiração". Adornada com um azul vibrante e metálico na parte
exterior das suas asas, a Morpho azul
mostra-nos a máxima beleza da própria impermanência. Na sua metamorfose todas
as borboletas passam várias vezes pela morte de uma fase anterior: elas começam
como lagartas que um dia se isolam na escuridão e na quietude do casulo,
emergindo no momento certo -nem antes nem depois do tempo-, como as belas
criaturas aladas que na verdade são. No seu voo ajudam-nos a redescobrir a
graciosidade de nos elevarmos sem esforço: se algo nos estava a impedir de
avançar no nosso crescimento, agora é o momento de avançar sem medo de perder a
segurança e deixando algo morrer para podermos assumir o nosso ilimitado potencial
partilhando a nossa capacidade criativa com o mundo.
Elas ensinam que a vida é uma constante mutação e a mudança deve ser tão
natural como respirar. Podemos aprender a avançar da melhor forma possível no
nosso caminho se soubermos reconhecer em que fase do seu ciclo estamos: o ovo, a
lagarta, a crisálida ou a borboleta? Sem pressas nem estagnações, cada uma
destas 4 fases tem o seu paralelo nas fases de nascimento de uma ideia entre o
pensamento e a sua manifestação no mundo exterior. Ser perspicaz e discernir com clareza onde nos encontramos será fundamental para um Bom Caminho. A Borboleta representa não
apenas a mudança de forma mas também de perspectiva para evolução e crescimento
da alma, relembrando que isso não precisa de ser algo traumático.
As borboletas recordam-nos também as ligações entre tudo o que existe, pois
as linhas invisíveis que nos unem são mais fortes do que conseguimos
percepcionar sendo que um pequeno acontecimento como o bater de asas de uma
borboleta pode provocar um furacão no outro lado do mundo- fenómeno a que se
chamou mesmo “butterfly effect”.
Este género de borboletas recebe o nome de “Morpho” do grego μορφώ, que
significa “forma”/“formosa”, um epíteto para Afrodite ou Vénus. As lamelas iridescentes
de algumas delas estão apenas presentes no dorso das asas e aí a cor que
produzem varia com o ângulo em que são vistas, já na parte ventral varia nos
tons castanhos imitando “olhos” (ocelli),
que procuram afastar os predadores quando as asas estão fechadas. Existem cerca
de 80 espécies de Morpho distribuídas
pela América Central e do Sul. O tamanho das suas asas é desproporcional em
relação ao do corpo, podendo variar entre 7,5 e 20 cm e são territoriais
gostando de viver no interior da selva mas buscando por vezes os raios de sol
para se aquecer. Vivem solitariamente exceptuando a época de acasalamento,
gostam de se alimentar de sumo de fruta fermentada e os adultos vivem cerca de
um mês.
As minhas memórias mais impactantes com borboletas remontam a 2001/2002
quando, ao atravessar o rio Usumacinta (fronteira entre o México e o
Guatemala), o ar abafado à beira da água se mostrou repleto de borboletas
amarelas que cumpriam a sua vida deitando-se em fúnebres tapetes coloridos.
Nessa época cheguei também a “peregrinar” às frias montanhas de Michoacan com
dois amigos que queriam ver a migração anual das borboletas Monarca,
encontrando aí os pinheiros revestidos do seu laranja e preto como se adornados
com uma roupa solar.
Cerca de 8 anos mais tarde, uma semana depois de assumir o amor por aquele
que se tornaria o meu companheiro de vida, regressava por três meses à minha
terra mexicana com o propósito de encerrar um processo de transformação
profunda que se iniciara um ano antes com um acidente que me deixara 6 meses
sem caminhar. Foi em pleno processo de regenerar o meu pé direito até ao osso que
sintonizei os elixires de Rosa e de Glória da Manhã (Ipomea Carnea), no jardim do Martim, um amigo visionário que vivia isolado
perto da zona arqueológica de Palenque. Todas as noites dormia feliz na rede de
baloiço, acordando já de manhã com bandos de pássaros a banquetear-se com as
bananas maduras que pendiam da cozinha aberta. À parte disso, o silêncio cheio
da selva tomava conta de tudo. Um dia, enquanto pintava uma janela que o Martim
me pedira, senti uma presença silenciosa no prato de fruta que havíamos deixado
sobre a mesa.
Uma Borboleta Coruja, de asas consideráveis, ali estava pousada alimentando-se com os seus grandes ocelli fitando-me e ali ficou fazendo-me companhia todo o dia.

Nunca a vi a voar, mas a certa altura colocou-se ao lado da pintura, imobilizando-se tempo suficiente para me permitir desenhá-la nessa mesma janela.
zona arqueológica de Tikal (actual Guatemala)
Apresentei-o à minha terra amada, um terreno de que cuidava (2 kms selva dentro), e estávamos já de partida quando sentimos o som quase imperceptível de umas asas azuis bordadas de negro. Uma grande Morpho Peleides atravessou o espaço entre nós como se fosse um espírito, deixando-nos siderados com a aparição- especialmente porque em tantos anos eu nunca tinha visto uma única Morpho! No dia seguinte tivemos de voltar e, tal como no dia anterior, ela surge… mas agora acompanhada de outra Morpho Peleides mais pequena e, com a beleza sublime das suas grandes asas azuis revoluteavam as duas pelo ar numa delicada dança de acasalamento à nossa volta, que nos envolveu e deliciou.
Nabokov,
que além de escritor era um coleccionador de borboletas, descreveu estas
borboletas como "shimmering light-blue mirrors" e eu agora
entendia-o… para mim tinha-se manifestado pela primeira vez a doçura e
embriaguez da vida em completude e, acima de tudo, eu era capaz de o
reconhecer!
Utilizando estas memórias tão presentes, sintonizei este elixir em Fevereiro
último, dia de eclipse solar a 8 graus de Peixes que só em 18 anos se repetirá.
Este eclipse rege o retirar dos véus que nos impedem de abraçar o infinito,
movendo-nos da escravidão para a liberdade, deixando ir o que precisa partir.
Quando me dirigi para o lugar onde temos a nossa
Roda da Medicina, as flores surgiam entre o verde por todo o lado, anunciando a
Primavera. Na tradição Hopi, a “Mulher Borboleta” é um espírito (katsina), que rege esta estação e que
dança espalhando o renascimento pelos campos- e eu senti-a presente!
A cúpula desapareceu nesse momento e escutei dizerem-me então: “inspira e expira 5 vezes”. Ao cumprir o pedido, senti a minha visão a transformar-se para tons de vermelho e azul como se fossem os olhos de uma borboleta. Ao investigar mais tarde descobri que, relacionado com a cor particular de cada espécie, a sensibilidade dos foto-receptores dos seus olhos é particular exactamente no espectro dos ultravioletas, azuis, vermelhos e amarelos.
Coloquei então uma labradorite, cristal que me
recorda as cores da Blue Morpho,
perto do geode já com a água dentro e, ao meditar sentada dentro da Roda, vi
uma cúpula de borboletas a formar-se sobre ela e por fim a voarem para os meus
braços e cabeça. Quando comecei a tocar o tambor, uma grande Morpho azul pousou na baqueta e dirigi-a
para o geode onde ela entrou na água e desapareceu quase imediatamente. As
restantes borboletas senti que as incorporava no meu peito, lembrando-me o
emblema dos guerreiros toltecas.
Coluna em basalto esculpida de um
guerreiro Tolteca vestido para a batalha no templo da Estrela da Manhã (Vénus),
em Tula, com o típico peitoral em forma de borboleta (México Central, 900 a.c.).
Para os Astecas a deusa Itzpapálotl ou “borboleta de obsidiana", pois dizia-se
ter facas de obsidiana na ponta das asas (provável referência ao negro da Morpho Peleides), representava o arquétipo colectivo da
anciã sábia, a bruxa poderosa que recolhia a alma, o sopro vital que escapa da
boca de quem está a morrer.
A cúpula desapareceu nesse momento e escutei dizerem-me então: “inspira e expira 5 vezes”. Ao cumprir o pedido, senti a minha visão a transformar-se para tons de vermelho e azul como se fossem os olhos de uma borboleta. Ao investigar mais tarde descobri que, relacionado com a cor particular de cada espécie, a sensibilidade dos foto-receptores dos seus olhos é particular exactamente no espectro dos ultravioletas, azuis, vermelhos e amarelos.
Estranhamente
não ficou o entusiasmo habitual quando sintonizo cada elixir, talvez por
esperar que a experiência fosse ainda MAIS arrebatadora do que isto! Como se
tivesse que me recordar que grandes coisas acontecem nas subtilezas! No
entanto, logo no dia a seguir surpreendi-me a mim mesma com um intenso desabafo
com o meu companheiro, 4 dias depois teve lugar um corte fundamental de uma
amizade comum que se tornava um peso e da qual tínhamos de nos libertar, as
minhas palavras foram-se revelando mais autênticas e livres ainda e, a partir
daí, ambos temos sentindo as nossas asas a abrirem-se em toda a sua magnitude
no nosso caminho pessoal!
Palavras-Chave: Auto-transformação,
auto-conhecimento, clarividência, clareza mental, visão clara, novas etapas, liberdade, leveza, renascimento,
ciclos da vida, movimento
Planetas Associados: Mercúrio/Venús-
reunindo as capacidades de rápida mudança, de ser mensageiras e de estar
em constante movimento de forma graciosa
©Sofia Ferreira
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