"The Alchemy of a changing life is the only truth"
(Rumi)

"A magia é um acto transformador e a verdadeira transformação tem lugar bem fundo nas nossas raízes."

(Teresa Moorey "A Sabedoria das Árvores")

"Desapareça o que é velho, a putrefacção e o bolor desta massa informe: venha, pois, a eterna vastidão de um espírito liberto, um ser tão livre que projecta a imagem da eterna esperança na mais pequena gota de orvalho pousada no cálice de uma flor."
(Shakespeare)

November 23, 2017

Elixir Vibracional de Amanita Muscaria- Limpeza da Percepção


Num dos Outonos mais secos sentidos na Península Ibérica regressamos à aldeia da Galiza onde já passámos outras temporadas e onde vários elixires nasceram. O ribeiro, apesar de reduzido a metade, mantem-se serpenteando entre o manto de folhas que ainda caiem neste avançado Novembro. Reencontro as Bétulas e os Castanheiros que mais parecem casas e, num recanto do vale que praticamente não recebe sol directo, foi nas raízes destas árvores que agora encontro os meus primeiros Amanita Muscaria, com as suas pequenas verrugas de cor branca- remanescentes do que em micologia se chama de “véu universal”, a membrana que envolve todo o fungo quando é jovem.
Só quando voltei a casa me dei conta da necessidade de realizar um elixir sem demora. No dia seguinte, às primeiras horas frias de uma manhã de lua nova, a sintonização foi realizada utilizando água que havia trazido de Chalice Well (Glastonbury). Os pássaros revoluteavam nos ramos acima de mim, surpresos com a minha presença tão cedo, enquanto eu me aquecia num guardião de quatro patas que me havia seguido silenciosamente, aguardando o que ia suceder.

Vejo então uma espécie de vapor indefinido, ectoplasmático, a libertar-se, primeiro esbranquiçado e depois verde translúcido, que começou a dirigir-se para a água que eu colocara. Transformou-se então numa cúpula que abarcou todos os amanita e, nos limites que tocavam o chão, muitos pequenos seres verde claro pareciam segurar a cúpula virados para o centro, e por isso de costas para mim. Foi só quando um deles sai do círculo e, crescendo até dois palmos de altura, se aproxima de mim, que pude observá-lo mais claramente. Possuía a clássica cara e corpo alongados e verdes, orelhas compridas e olhos amendoados escuros, que tanto podia descrever uma criatura de outro planeta como um duende ou um goblin.

Revelou-se muito alegre e amistoso, surpreendendo-me com tanta familiaridade, ao que, sem que eu formulasse a pergunta sequer, ele respondeu: ”tu já pertences a este lugar”. Salientou logo a necessidade de não esquecer que o elixir a ser sintonizado “não seria para todos”, sendo necessária uma consulta prévia à sua utilização, pois “os véus que retira mostram o lado sombra e processos mentais muito profundos e primordiais”. Diz isto enquanto levanta uma ponta da imagem que vejo do cogumelo, como se fosse uma cortina, para revelar imagens oníricas em fundo negro onde ainda consegui distinguir uma cobra enrolada numa mão. Quando lhe perguntei, já em tom de despedida, se podia levar aquele amanita para secar ele disse um (quase sonoro), “Não!” e acrescentou ironicamente “Não confias no trabalho que fazes?!”. A conversa ficou por ali…





Todos já escutámos as experiências de dimensões cósmicas do Ser total que ocorrem com a utilização deste cogumelo. Houve quem o associasse ao Soma, a bebida sagrada citada nos hinos dos mais antigos textos religiosos (os vedas), sabendo-se que esta espécie de amanita existia e era consumido pelos xamãs da região. Um dos seus nomes comuns- “Matamoscas”, provém do facto de paralisar temporariamente os insectos que dele se aproximam, mas eventualmente também da crença medieval de que as moscas podiam entrar na cabeça de uma pessoa e causar algum tipo de doença mental. Uma história que inclui este amanita é “As aventuras de Asterix e Obelix”, cheias de herança celta, em que o druida, entre outras coisas, usava agárico na sua poção mágica dadora de força. Um dos efeitos psicoactivos que pode provocar quando ingerido, além de energizar, é o sentimento de estar crescendo, tendo sido registadas distorções de tamanho na percepção de objectos durante a intoxicação pelo fungo. Acredita-se que essa observação foi a base para os efeitos descritos na popular história de Alice no País das Maravilhas.


Eu mesma não cheguei a experimentar estes efeitos, mas quando ao terceiro dia de regressar ao local, e já os encontrando pisados por animais e (parecendo até), mordidos, não resisto a tirar uma foto com um na mão e a cheirá-lo de perto, fiquei (minutos depois), ligeiramente nauseada, tonta e com alguma taquicardia… devia ter aproveitado para meditar e ver que mais informações surgiam, mas estava tão empenhada noutras coisas que nem dei atenção ao facto!

A nível vibracional este elixir possui as mesmas características gerais dos cogumelos –ler a informação do “Elixir Vibracional de Cogumelo (Mycena)”-, de purificar a percepção, fortificar a intuição e ajudar a aceder a outras dimensões, sempre em conexão com a realidade, mas com a especificidade de limpar também a informação tóxica de drogas psicotrópicas e dos seus efeitos negativos. A sua força também provém da Lua.

Afirmação: “Purifico o meu corpo, espírito e alma de todas as influências que obscurecem a minha percepção e estou inundad@ de luz e energia

Palavras-Chave: purificar a percepção

Centros Energéticos: Frontal

Força Planetária:Lua Nova

Local de Sintonização: Galiza (Espanha)

Método: Geode de Calcedónia (a sintonização foi realizada utilizando água que havia trazido de Chalice Well, Glastonbury).



Nota: Este elixir só deve ser utilizado quando a pessoa está mental e fisicamente estável.


©Sofia Ferreira

No comments:

Post a Comment