"The Alchemy of a changing life is the only truth"
(Rumi)

"A magia é um acto transformador e a verdadeira transformação tem lugar bem fundo nas nossas raízes."

(Teresa Moorey "A Sabedoria das Árvores")

"Desapareça o que é velho, a putrefacção e o bolor desta massa informe: venha, pois, a eterna vastidão de um espírito liberto, um ser tão livre que projecta a imagem da eterna esperança na mais pequena gota de orvalho pousada no cálice de uma flor."
(Shakespeare)

December 02, 2017

Elixir Vibracional de Jaguar- Empowerment



Drifting in and out of shadows like a vaporous mist of focused intensity, your emerald eyes penetrating the darkness of the tangled jungle of the human mind. Vigilant observer for He who came from the stars, do you still prowl the dusty corridors of our fears? Remind us that the greatest victory comes from rising above the chains of our hate and greed, to stand free in love. And in that moment, your graceful form by our side, we may know the joy of the reunion, the changing of the tide, when the Ancestors return from the stars . . .
“Oração ao Jaguar” (autor desconhecido)




Na América Central e do Sul o jaguar é o grande representante felino e, como todos os gatos, mostra-nos a sua agilidade cautelosa e a sua capacidade de rápida transformação. Esta última está bem marcada no recolher e exibir das garras, na mudança de indolência para ferocidade, na dilatação das pupilas e na visão binocular que confere a todos os gatos uma grande habilidade de julgar distâncias com uma percepção extremamente apurada; penetrando (a outros níveis), a escuridão cósmica com esses olhos “que tudo vêm”.

Em várias culturas desta zona de florestas (ainda) profundas, o jaguar foi associado à realeza, ao domínio da lua e do sol, ao equilíbrio da esquerda com a direita e às forças dos xamãs. Eram-lhe atribuídos poderes sobrenaturais devido à sua indiscutível força e poder, que residia em parte na habilidade de se manter oculto e em caminhar tranquilamente entre o mundo superior e o inferior, estando tão confortável na água como nas árvores, no dia como na noite.


 Há milénios que xamãs de diferentes culturas praticam a transformação em animais – teriantropia a que no México se chama de “Nagualismo”-, e esta imagem olmeca, uma das muitas imagens de híbridos na arte mesoamericana, parece representar um xamã em pleno processo entre o felino e o humano.



Uma foto de 2007 com Cristian, um menino da aldeia maia onde vivi, 
e que mostra incríveis semelhanças com a escultura pré-colombiana acima.


Na mitologia maia, conta-se que foi Deus Céu quem trouxe aos homens o princípio universal da Integridade e os instruiu para se conduzirem nas suas vidas por um código de conduta que seguisse os princípios da impecabilidade; devendo entreajudar-se e viver em harmonia com o planeta e todas as suas formas de vida. Disse-lhes também que um dia regressaria das estrelas mas que deixaria com eles o seu espírito animal, o jaguar, para os vigiar e o informar da sua conduta. 

Com o tempo, aqueles que haviam deturpado os ensinamentos que lhes haviam sido concedidos e cujos corações se haviam enegrecido, devido à vontade de poder e à falta de reverência pela vida, começaram a ser perseguidos em sonhos pelo nagual do deus. Este repunha a justiça ao devorar as condutas inaceitáveis, os abusos de poder e de autoridade que ainda hoje -na política, na justiça, na economia, na educação como na medicina-, são tão actuais.



No auge dos cultos lunares em terras maias, o jaguar representa também a deusa lua-terra, Ixchel, da fertilidade e da medicina -venerada por parteiras e curandeiras. Neste desenho que realizei a partir de uma pintura mural, ele surge transportando búzios e nenúfares, reflectindo a sua relação com a água mas também com a bebida sagrada dos deuses maias, o Balché
 (ver informação do Elixir de Nenúfar)


Na zona maia mexicana onde vivi, o meu professor de cerâmica contava que por vezes os jaguares eram vistos de madrugada a rondar as casas da aldeia, não sendo inusual animais domésticos serem atacados, tal como sucedeu com as galinhas de uma amiga e o cão de outra, “perdidos para um balam”- seu nome maia. Eu mesma cheguei a escutá-los uma certa noite no meio da vasta selva subtropical do Caribe. No entanto, a minha relação com os jaguares ultrapassa a de possíveis contactos exteriores, sendo que foi em momentos cruciais que, por mais de uma vez, senti que tinha um espírito de um jaguar a acompanhar-me- uma presença muito clara e real que mostrava o meu próprio estado interno-, chegando outras vezes a sentir que era o próprio animal, observando através dos seus olhos e movendo-me através dos seus músculos. 
A selva subtropical que observo a partir da pirâmide Nohoch Mul em Cobá, 
bem próximo da aldeia do meu mestre ceramista, sentada num Chac Mool(2008)


Em 2007, depois de um dos retornos do México, encontro-me salpicada das marcas típicas do Sarampo, doença para a qual tinha sido vacinada e que ainda assim o meu organismo aceitou deixar entrar por várias razoes bem conscientes. Nessa viagem alguém me tinha dito num tom sério: “cuidado para não apanhares uma doença de jaguar”. Não entendi o que quisera dizer na altura, mas quando já estava de “quarentena”, tive tempo para pensar no que significaria, agora que possuía as “manchas solares” daquele felino na minha própria pele. Senti sobretudo que se tratava de uma iniciação de crescimento: um organismo que tinha passado (embora tardiamente), pelos “ataques” habituais que as crianças passam naturalmente, criando finalmente a sua própria imunidade e ficando deste modo preparada para a idade adulta.


A propósito do “surto” de Sarampo que, no início do ano que agora termina, teve lugar em Portugal… algo que me fez não só PENSAR mas também PESQUISAR para, enquanto mãe, cidadã e ser humano curioso, poder assentar as minhas convicções em factos sólidos e não apenas em informação veiculada pelos meios de comunicação ou por grupos específicos – que se revelou ser manipulada. O poder pessoal que o jaguar representa é também revelado na capacidade de sermos responsáveis pela defesa do nosso ser a todos os níveis, inclusive fisicamente, fazendo escolhas assertivas e conscientes. Continuemos a delegar essa responsabilidade à medicina, tal como hoje ela é praticada, e caminharemos para um total desempoderamento. A responsabilidade pelas nossas acções, escolhas e decisões, compete a cada um de nós pessoalmente e não deveria estar subjugada a nenhuma autoridade quando os factos mostram que essa mesma autoridade não procura o bem comum. É nestas alturas que me pergunto ainda mais, se finalmente chegou o momento para resgatarmos o nosso poder pessoal…?


E, para concluir estes pensamentos, foi assim que, num domingo (dia de sol), em lua nova, após uma oferenda de cacau na nossa roda da medicina, tendo presente uma garra de jaguar que me havia sido oferecida no México, comecei por tocar o tambor para invocar este animal… e imediatamente vi os seus passos na minha frente. O elixir vibracional que resultou partilha o lado mercuriano do Tomilho (ver a informação deste), ajuda-nos a utilizar o poder judiciosamente, a caminhar com rectidão, a viver com integridade o nosso potencial humano e, em momentos de caos e de crise que parecem insuperáveis -os grandes renovadores do espírito-, este elixir ajuda a adaptarmo-nos às mudanças e a renovar continuamente as condições e a realidade da nossa existência. Porque, como disse Carlos Castaneda:
“To achieve the mood of a warrior is not a simple matter: it is a revolution!" 

A nível físico, com este elixir eu mesma experimentei maior alerta e os sentidos físicos potenciados.



When the earth is ravaged and the animals are dying, a new tribe of people shall come unto the earth from many colours, classes, creeds and who by their actions and deeds shall make the earth green again. They will be known as the "WARRIORS OF THE RAINBOW
Profecia "Nican Tlaca" 




Testemunho:
Assim que tomei o elixir senti uma pressão no frontal e ao mesmo tempo os pés bem enraizados, algo que se manteve sempre que o tomava. Inicialmente realizou uma limpeza que passou por todos os níveis do meu ser, colocando a nu as minhas fragilidades e conduzindo a perdão, aceitação e libertação. Nasceu uma maior consciência do meu corpo, com uma maior robustez física, deixei de ter dores de cabeça, senti uma vontade de me focar mais em mim, fiquei menos stressado, comecei a fazer exercício e até o tabaco começou a saber-me mal! A qualidade do sono aumentou enormemente (dormia 4h e passei a dormir 8h!),  os meus sonhos começaram a ser lúcidos, senti uma maior auto-aceitação, passei a estar mais presente no Aqui e no Agora. Foi como uma névoa que se dissipou e me tornou “à prova de bala”, mais optimista, com maior facilidade de sair da minha zona de conforto, menos mental e mais livre.” (Hélio-Terapeuta)



©Sofia Ferreira

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