“O chestnut tree, great rooted blossomer,
Are you the leaf, the blossom or the fruit?
O body swayed to music, o brightening
glance,
How can we know the dancer from the dance?”
W. B. Yeats
Sintonizado a 28 de Dezembro, dia de Agappe (do grego para “amor fraternal”),
simbolizado por um banquete de confraternização, a refeição que os cristãos dos
primeiros séculos faziam em comum. A captação foi realizada num bosque de
castanheiros centenários num vale galego isolado através do método de
solarização com um belo geode de
ametista.
Este cristal transmuta energias
negativas em amor, conduz a estados de consciência mais elevados, cria
altruísmo e harmoniza as
energias das pessoas que estejam num mesmo espaço. A Ametista facilita ainda a
tomada de decisões pois torna-nos mais focados e em controle das nossas
faculdades, colocando os insights em acções, algo que o sol estando no signo de
Capricórnio aquando da captação potencializa. Ajuda portanto a estabelecer
objectivos realistas e é o início da acção social potenciado por esta árvore estar
alquimicamente sob a influência do planeta Júpiter, de quem -na mitologia
grega-, Artemisa ao fugir se transformou em castanheiro. Daí os gregos chamarem às castanhas dios balanos : "bolotas de Júpiter".
Neste dia, ao caminhar em direcção ao
castanheiro com que já tinha estabelecido relação, dois cavalos brancos
bloqueavam o carreiro que a ele me conduzia. Fizeram-me lembrar o unicórnio com que sonhara havia muitos anos atrás, precisamente depois de começar a estudar
Espagíria (Alquimia Vegetal), e que no sonho me levava através de uma ponte de
pedra a um Agappe com amigos,
presidido justamente pelo meu mestre espagirista. Diz-se que os castanheiros já
ocos são como um forno alquímico, um Athanor natural!
Quando coloquei o cristal com a água na base do castanheiro,
levantei os olhos e vi o sol a surgir precisamente por detrás da montanha
chegando os seus raios em linha recta pelo bosque invernal. Sorri interiormente
pelas permanentes sincronias e fui meditar.
Vi danças e alegria numa festa antiga em
que corria o hidromel e a mensagem de “carpe
diem” surgiu-me claramente: aproveita a vida pois ela é breve! Vi depois um
ser de idade avançada, do tamanho de um ser humano pequeno, quase despido,
magro, com barba e ar de eremita com o seu bastão, mas ágil e jovial e que me
falou sobre a qualidade da eterna juventude: algo que vinha a propósito pois
este era o dia em que cumpria os meus 40 anos de vida. Ao escutá-lo disse que
devíamos viver a vida em permanente celebração da maravilha e do mistério de
estarmos vivos. De facto, na tradição druídica havia razões para celebrar a
cada 6 semanas e a comunidade reencontrava a harmonia ao festejar a abundância, sendo que esta é uma árvore altamente
produtiva e por isso considerada por muitos povos como símbolo de perenidade e
fartura, amparo da fome e abrigo aconchegado, centro de convívio nos dias de
Inverno. Este era o entendimento das leis dos rituais e das cerimónias, da
cooperação que quebra o nosso isolamento e acima de tudo o reconhecimento
interior da nossa ligação a toda a comunidade da Natureza.
Foi um vento forte, que levantou numa
dança as folhas castanhas que atapetavam o chão, que me mostrou que o processo
estava terminado. Quando regressava a casa a chuva caiu tempestuosamente até ao
fim do dia e agradeci aos elementos as bênçãos que continuamente recebia.
Simboliza novos níveis de consciência e
a transformação numa nova vida da qual somos mestres. Tem a ver com quebrar
velhos padrões mostrando que é possível restaurar a doçura na nossa vida, a
esperança e a força. Representa a partilha, existe inclusive uma historia que
justifica o facto dos ouriços terem três castanhas porque uma é para quem os encontra, outra para o seu vizinho e a terceira para Deus. O poder
nutricional do seu fruto dá-nos a força necessária para descobrir o mel que se
esconde na árvore da vida. Devemos realizar aquilo que nos dá mais alegria,
tudo o mais é abnegação e rejeição.
Casa na árvore com escada interna no castanheiro oco
Afirmação: “Estou segur@ e inserid@ no
meu papel no mundo”
Testemunho: "No meu trabalho enquanto terapeuta notei uma grande diferença na maneira como encaro o processo pessoal de cada um: passei a contemplar com amor verdadeiro, sabendo que está tudo certo." (Antonio)
© Sofia Ferreira
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